EDITORIAL
A indústria da mineração produz grande quantidade de rejeitos, o que torna necessário ampliar áreas para a disposição dos resíduos, cujas propriedades dependem diretamente de sua disposição final. Evidentemente, rejeitos da mineração, devem ser contidos ou tratados com o objetivo de minimizar o impacto ambiental, devendo-se melhorar a segurança e o desempenho das obras geotécnicas projetadas com o propósito de armazenar e posteriormente, promover sua lavra.
O sucesso destas atividades dependerá do correto dimensionamento dos reservatórios, pois está diretamente envolvido com o custo da área. O ganho de consistência dos materiais depositados, traduz-se em resistência ao cisalhamento e, também, em sua rigidez, podendo ser transportados, reaproveitados ou reintegrados ao meio ambiente.
Nesta edição, de nossa revista, propomos apresentar informações úteis, acerca da segurança das barragens de rejeitos, considerando-se a enorme evolução que ocorreu nestes últimos anos, particularmente a geotécnica, enfatizando o aperfeiçoamento do processo de consolidação. Apresentamos, também, matérias atualizadas que aliam a causa ambiental, do agrupamento de rejeitos, objetivando uma desativação definitiva, por meio da lavra de barragens, através de referências capazes de gerar elementos decisivos, para atendimento às premissas iniciais de projetos, permitindo avaliar sua estabilidade, com geometrias precisas estabelecidas no campo. Para tal, torna-se necessário fazer uso de técnica específica de melhoramento de solos moles, o geoenrijecimento, que objetiva a consolidação rápida do rejeito, viabilizando as desejadas ações do descomissionamento. Conclui-se, com o devido olhar crítico, que é possível viabilizar com segurança absoluta, tanto estruturas de barragens, quanto as atividades posteriores da necessária lavra.